quarta-feira, 13 de abril de 2011

Janelas...

Quando abres a janela, teu olhar viaja, analisa, vê possibilidades, transpõe morro e pores-do-sol. Há um misto de alegria e languidez. Diferente da porta que te põe a caminhas. Além da janela estão os sonhos, próximo ou distantes...também está a saudade!...Horas paradas... Está é a alegria matizada em teu globo ocular. É a tua alma o termômetro dos sentimentos.
A beleza da casa é a janela, não se acanhada ou não, mas sim, o prelúdio da sua liberdade.
Se o sol incendeia em felicidade, a chuva carrega teus sonhos, a neve cala o teu pensamentos... Na janela fitas o teu olhar longínquo e debruças sobre ela na tentativa de descobrir cada vez mais o que podes alcançar. E as horas escorre no infinito que percorres.
Quando dormes, as janelas se fecham e a paisagem se refaz com a brisa. As janelas serão sempre novas a cada amanhecer... Nascerão asas das paredes, convidando-te para as aventuras. Há janelas preguiçosas sem expectativas que demoram ver o sol. E há janelas que atravessam a noite em repouso... Mas há janelas que sabem o seu dom, e se abrem na hora certa para a poesia da vida.
As janelas por mais que te guardam, serão sempre os teus cílios na paisagem do mundo.


Elizabeth Fonseca.

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